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* NR *





Como de habitual, eles ficaram mais silenciosos quando o fim do dia se aproximou.

Mesmo depois de tantos domingos ainda não haviam se acostumado com as despedidas.

Aquela hora do dia sempre doía.

E não havia como negar.

Ele pensou em deixá-la ver o bilhetinho que tinha escrito num guardanapo amarelo

(que sua mãe havia comprado pra combinar com os azulejos cozinha da casa)

... mas quando o pai dela chegou pra buscá-la de carro não deu tempo. Só foi um selinho e um "tchauamorteamomuito" ligeiro assim.

Ele era assim, meio devagar, quase parando.

Subiu a curta escada, entrou no elevador, tirou a carta do bolso a cartinha e releu sozinho suas próprias palavras.

Estava escrito assim, logo após o desenho de um símbolo que costumava desenhar juntando as letras iniciais dos nomes dos dois...

"- Casa comigo amanhã e depois de amanhã e para sempre?"

Na segunda-feira, ele entregaria o escrito para ela, mas ainda assim dormiria com um sorriso no canto do lado esquerdo dos lábios.

(ele já sabia a resposta dela).



PS: Amanhã te entrego.

* Do agradecimento - parte IV *

Confio em ti.
Confio em nós dois.
Se quando tu tivesses nascido resolvessem te dar o nome de Luísa eu ainda assim te amaria.
Serias a minha Luísa,
Beatriz,
Carolina... ou qualquer nome dessas musas de canções conhecidas que ainda pudessem escolher.
Mas nasceste com esse nome tão lindo. E apenas com ele sei rimar (só palavras graciosas rimarão contigo). Então:
céu,
carrossel,
dossel,
fiel,
mel.
E eu nem sei enumerar sobre o que ainda posso agradecer.
Nem bem acordo e te vejo ao meu lado e agradeço a Deus. Justo eu, um cara antes cético. E eu que desconfiava da presença dele, hoje sou um moço grato. Te encontrar foi uma das maiores certezas que sim, há planos grandiosos para mim. E o universo conspira ao meu favor.
Porque tu és metade de mim. E mesmo que isso soe sem graça, feio... tu és a minha muleta. E eu serei para sempre a tua.
Tu tornas sempre a me surpreender e eu juro, quando tiver grana, seremos nós dois.
Teremos a tua cozinha americana e o meu cachorro bobalhão.
Porque nem sempre o amor é só poesia, também pode ser o amor antídoto para a mesmice, para obstáculos, para dias ruins.
Ao teu lado tenho coragem, cumplicidade, apoio. É isso.
Obrigado por me ensinares a amar bonito.
PS: Ainda bem que eu não falei sobre o apelido de Fafi. ; )

* Da promessa - parte IV *

Eu me comprometeria a contar quantas são as bolinhas negras habitantes das costas da joaninha "ruborizada" que adentrou a janela do meu quarto neste instante se tu prometesses viver esse sonho (vida) e os próximos ao meu lado.











PS: É, eu amo morar dentro do teu coração. : )

* Sobre a moça com quem eu quero dançar adentrando amanheceres *

* Sobre a moça com quem eu quero dançar adentrando amanheceres *





Ela é sorriso e olhos de estrela.

Beijos longos e estilo.

Ela é minha sorte.

Ela é minha melhor amiga.

Ela é quem me põe na cama.

E é com ela quem quero acordar pelo resto dos dias.

Ela é a arquiteta responsável pelos meus sonhos.

Ela é o gesto mais delicado.

Ela é o cântico dos pardaizinhos apaixonados.

Ela é uma coroa feita de ervas daninhas e pérolas de ostras.

Ela é a última flor de ipê-roxo se despedindo da primavera.

E a primeira florezinha de ipê que saudou a estação colorida.

Ela é sorriso e bolas de algodão.

Ela é o meu abrigo contra a tristeza.

Ela é os barquinhos de papel (que querem percorrer aqueles mares, teus mares), os quais faço quando estou amuado.

Ela é o oceano.

Ela é noite de desejos intermináveis.

Ela é o cabelo loiro platinado da Catherine Deneuve.

Ela é meu vocabulário.

Ela é minha vontade de querer ser melhor.

Ela é um quadrinho de "Tenha um bom dia" na parede da cozinha.

Ela é meu pedido a São Jorge realizado.

Ela é a bondade de Abel.

Ela é um punhado de amoras reluzentes que a Dona Joana separou para preparar a torta que os meninos tanto gostam.

Ela é quem eu quero para estar ao lado no altar,

na igreja,

no ônibus,

no cinema

e no hospital (quando nossos dois rebentos chegarem).

Ela é noz e avelã.

Ela é a linha de costura que remendou meu coração de crepe que estava puído.

Ela é a testa franzida quando está brava com as injustiças do mundo.

Ela é o sol morno arrastado nas tardes quentes de verão em Porto Alegre.

Ela é o charme de Marlon Brando.

Ela é a cor rubra.

Ela é bonita, fina, fiel, culta, descolada e nem um pouquinho presunçosa por todos esses atributos.

Ela é uma plantação de girassóis bem no meio de Encruzilhada do Sul.

Ela é alecrim, açucena, pudim de leite, almofadas fofas pra descansar, constelações.

Ela é a donzela com quem protejo o meu escudo de "menino-feio-antes-sapo-e-agora-feliz-príncipe-que-tem-como-sua-princesa-o-sobrenome-amor"





PS: Sextaaaaaaaaaaaaaa!!! :D

Poderíamos casar (logo!)...


Recém casados talvez não seriamos exemplo para futuros filhos, estaríamos ainda muito deslumbrados em morar juntos, em acordar abraçados, provavelmente sem horários, sem responsabilidades, sem contato com o meio externo, apenas querendo um ao outro.
Não arrumaríamos a cama diariamente,estando com sono o dia inteiro porque na noite passada talvez não tivéssemos dormido muito, passando horas conversando, ou se amando, e quando menos percebêssemos, tinha amanhecido. Bem provável.

Tomaríamos café da manhã às duas da tarde, ou talvez esse fosse um almoço e perderíamos uma refeição.Discordaríamos no refrigerante do jantar, ou no fato de não tomarmos tanto suco, reclamaria das comidas não tão saudáveis, e você falaria que iríamos almoçar fora.

Beberíamos juntos em algum clube no final de semana.

A geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário, de porcarias.

Adiaríamos o despertador umas trinta e duas vezes só para ficarmos horas na cama enrolando e falando qualquer besteira, ou botaríamos o celular no silencioso, para ninguém atrapalhar o nosso momento, mesmo sendo a mãe de algum de nós..

Você me ensinaria alguma coisa sobre futebol, e eu te convenceria a assistir aquele filme no cinema.

Iríamos para a sala de pijama e descabelados, com a cara mais amassada do mundo, você iria direto deitar, apoiando suas costas no braço esquerdo do sofá com algumas almofadas e eu deitaria logo em seguida, encostando minha cabeça no seu peito. Você saberia o que eu estava pensando, apenas em olhar pra mim, eu saberia o que fazer pra te agradar nessa hora, e eu saberia também onde você tinha deixado sua toalha, e eu pegaria depois para você ir tomar um banho. Beijaríamos-nos no meio de alguma frase e em algum momento diríamos que nos amamos. Você pegaria no sono com uma perna em cima de mim e eu com a mão no seu cabelo, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria por que, minha cara boba responderia tudo. Então, não falaríamos nada, só sentiríamos o nosso amor.
Poderíamos casar (logo!)...

(texto editado, tirado da net)

DEIXA EU BRINCAR DE SER FELIZ,


- Deixa eu pintar o meu nariz!